Educação inclusiva: da importância a aplicação nas escolas
O sistema educacional brasileiro está passando por uma mudança. Ele está se tornando cada vez mais inclusivo. Agora, as salas de aula são mais diversas, promovendo a convivência entre pessoas comuns, alunos com deficiência e, até mesmo, estudantes superdotados.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 17,8 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Entretanto, a maioria das escolas não está pronta para atender as necessidades dos alunos com deficiência.
Nesse cenário, a Educação Inclusiva surge como a solução para esse problema. Através dela é possível criar um ambiente educacional preparado para atender as necessidades e características de cada aluno.
Nesse texto falaremos sobre a importância da Educação Inclusiva e como aplicá-la nas escolas. Boa leitura!
O que é a Educação Inclusiva?
A Educação Inclusiva é um modelo educacional, cujo objetivo é trazer alunos especiais para as escolas regulares. Para isso, a escola precisa adaptar seu espaço e capacitar os profissionais para promover o desenvolvimento completo de todos os alunos.
O foco da educação Inclusiva é voltado para três tipos de estudantes:
– Alunos com deficiência;
– Estudantes no espectro autista ou com transtornos globais de desenvolvimento;
– Alunos superdotados ou com altas habilidades.
Fundamentos da Educação Inclusiva
As atividades da Educação Inclusiva são pautadas em alguns fundamentos. São eles:
– Todos têm direito de acesso à educação;
– Todas as pessoas aprendem;
– O processo de aprendizagem é singular de cada aluno;
– O convívio no ambiente escolar é benéfico para a sociedade;
– Educação Inclusiva é responsabilidade de todos.
Desses fundamentos podemos tirar dois princípios essenciais para a implantação da Educação Inclusiva:
– Toda criança tem direito a uma educação de qualidade que permita que ela alcance um nível adequado de aprendizagem.
– As necessidades, interesses, características e habilidades são únicas em cada estudante.
A importância da Educação Inclusiva
Podemos destacar dois motivos para evidenciar a importância da Educação Inclusiva para a sociedade.
O primeiro é garantir que estudantes especiais tenham acesso ao ambiente escolar e a uma educação de qualidade. Já o segundo é criar um ambiente inclusivo, onde as crianças aprendem a conviver, entender e respeitar todas as pessoas, independente das diferenças que possam existir.
Como implantar uma Educação Inclusiva na sua escola?
A primeira coisa que pensamos na hora de implantar a Educação Inclusiva é na adequação do espaço físico escolar para receber alunos especiais. Isso é extremamente importante, porque confere liberdade de locomoção e independência aos estudantes com deficiência.
Além disso, é necessária a aplicação de algumas práticas no ambiente escolar.
1. A Educação inclusiva precisa envolver todos na escola: alunos, professores, diretores e coordenadores precisam estar comprometidos em criar um ambiente escolar abrangente para que a implantação desse modelo educacional dê certo.
2. Respeitar os ritmos de aprendizado: os professores, como mediadores do conhecimento, precisam estar preparados para respeitar o tempo de aprendizagem de cada estudante. O educador deve passar aos alunos a confiança e segurança necessária para que ele assimile o conteúdo apresentado, sempre respeitando a independência de cada um.
3. Capacitar os profissionais da escola: nenhum profissional é obrigado a saber ensinar um aluno especial sem ter passado pela devida capacitação. Sendo assim, é obrigação da escola oferecer meios para que os professores e coordenadores se preparem para atender aos novos estudantes. Para isso, a escola pode procurar o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e profissionais voltados para a educação especial, como professores de Braile e intérpretes.
4. Focar as competências e não as dificuldades dos alunos: professores devem focar seus esforços de ensino nas competências dos estudantes e não nas deficiências que eles possam ter. Sendo assim, é necessário que eles conheçam seus alunos.
Para criar esse tipo de relação, é preciso tempo, empatia, disciplina e capacitação profissional. Lembrando que a capacitação não deve ser obtida na prática do dia a dia, mas através de uma formação continuada. Com isso, a prática da inclusão se torna parte do cotidiano de todos.
As limitações de cada estudante precisam ser reconhecidas, entretanto, elas não podem assumir papel central na educação. O papel do professor é essencial nesse projeto, afinal é ele que deverá implantar diferentes práticas educacionais capazes de atingir diferentes alunos.
Aqui, o ideal não é investir em atividades específicas para os alunos com deficiência, mas encontrar aquelas atividades que permitam a participação de todos os alunos em conjunto.
5. Estimular o debate sobre Educação Inclusiva entre todos os colaboradores da escola: deficiência física ou psicológica é um tema permeado de preconceitos. Por isso, a implantação da Educação Inclusiva está repleta de desafios.
Sendo assim, os eventuais problemas que possam surgir durante o processo precisam ser discutidos por toda a equipe. Dessa forma, toda a escola participa da superação dos obstáculos. Quando falamos de toda escola, estamos nos referindo aos diretores, professores, pais, alunos com necessidades especiais, alunos sem necessidades especiais e coordenadores.
Com isso, todos os envolvidos no ambiente educacional são ouvidos e têm suas necessidades atendidas durante o processo de implantação da Educação Inclusiva.
6. Investir na formação contínua dos profissionais: é responsabilidade das instituições que querem implantar a Educação Inclusiva garantir a capacitação profissional da sua equipe de educadores. Além disso, os próprios profissionais precisam se interessar por fazer essa capacitação.
Um dos grandes desafios da implantação desse método de ensino é o grande déficit de especialistas no mercado. Portanto, ao apostar na formação continuada o profissional se capacita para atender às novas necessidades dos alunos e, ao mesmo tempo, abrem novos caminhos para suas carreiras.
Precisamos considerar que professores, coordenadores e outros colaboradores da escola não possuem tempo livre suficiente. Afinal, atendem a um grande número de turmas e precisam dar conta de lecionar e elaborar as atividades acadêmicas.
Sendo assim, as escolas precisam procurar alternativas para fornecer aos professores o tempo necessário para que eles participem de capacitações e se preparem para receber e atender as necessidades dos alunos especiais.
Faça o download deste post inserindo seu e-mail abaixo